O formato e arranjo das fibras musculares determina se o músculo é capaz de gerar grandes quantidades de força e se tem boa capacidade de encurtamento. A capacidade de encurtamento de um músculo envolve mudança de comprimento e velocidade. Existem dois tipos de arranjos das fibras: fusiformes e peniformes.
O arranjo das fibras fusiformes é paralelo às fibras musculares, e os fascículos percorrem o comprimento do músculo. As fibras em um músculo fusiforme correm paralelamente à linha de tração do músculo, de modo que a força da fibra é na mesma direção da musculatura.
Esse arranjo das fibras em forma de fuso, oferece o potencial para grandes quantidades de encurtamento e movimento de alta velocidade no corpo. Os músculos fusiformes são tipicamente mais compridos que os outros tipos de músculos e o comprimento da fibra muscular é maior que o comprimento do tendão.
Por essa relação entre comprimento da fibra e do tendão, o músculo fusiforme tem a capacidade maior para encurtar-se. Músculos como o reto abdominal que se inserem no osso por um tendão curto, podem mover-se por uma distância maior. O exemplo oposto, seria do músculo gastrocnêmio, que tem um tendão longo.
Exemplos de músculos fusiformes no corpo são o sartório, o bíceps braquial e o braquial.
As fibras peniformes correm diagonalmente até um tendão que atravessa o músculo. As fibras do músculo peniforme correm em um ângulo relativo com a linha de tração do músculo, de modo que a força da fibra é em uma direção diferente da força muscular. As fibras são mais curtas que o músculo, e a alteração no comprimento da fibra individual não é igual à alteração no comprimento muscular. Alguns exemplos de músculos peniformes:
a) O músculo peitoral maior e trapézio são músculos penados largos e tem fibras que se inserem diretamente no osso.
b) Semimembranoso, gastrocnêmio e deltóide também são músculos peniformes.
terça-feira, 12 de janeiro de 2016
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
ARQUITETURA MUSCULAR
Do ponto de vista arquitetônico, os músculos
são sustentados por uma hierarquia de bainhas colagenosas ( endomísio,
perimísio e epimísio) que circundam as fibras musculares individuais,
fascículos e músculos inteiros, respectivamente. Os músculos são unidos em
grupos funcionais por fáscia colagenosa.
Juntas, essas bainhas criam uma fonte
estrutural semelhante a favo de mel que contribui para resistência de um
músculo à tensão. Quando o músculo é estirado, altas forças de tração nessas
estruturas colágenas contribuem para as altas forças que podem ser geradas
durante contrações musculares excêntricas ( de alongamento).
Sobre as forças musculares internas, é
possível dizer que, as forças musculares exercem maior carregamento mecânico sobre
o esqueleto do que o peso corporal. Durante a bipedestação relaxada, 50% da
força compressiva atuando sobre a coluna lombar se origina da atividade antagônica
dos músculos do dorso e abdome, e 50% vêm do peso corporal.
Quando o tronco é flexionado para levantar
pesos do solo, mais de 90% da força compressiva atuando sobre a coluna advém da
tensão muscular.
Fonte: Stranding, Susan. Gray's Anatomia. Elsevier p. 121
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