quinta-feira, 20 de agosto de 2015

COMBUSTÍVEL PARA O EXERCÍCIO

   

 "Atingir o limite" é uma expressão comum entre maratonistas, e mais da metade de todos os maratonistas amadores reportam terem "atingido o limite" durante a prova, independente do rigos do treinamento. Esse fenômeno geralmente ocorre em torno dos 32 a 35 km. O ritmo do corredor diminui consideravelmente, e as pernas ficam pesadas, sente-se formigamento e dormência nas pernas e nos braços, e o raciocínio se torna difícil e confuso. "Atingir o limite" é basicamente ficar sem energia disponível.
    A fonte primária de combustível para o corredor durante o exercício prolongado são carboidrato e gorduras. As gorduras podem parecer a primeira escolha lógica de combustível em eventos de resistência - elas são elaboradas idealmente para serem densas em energia, e seus estoques são praticamente ilimitados. Infelizmente, o metabolismo de gorduras necessita de abastecimento constante de oxigênio, e a transmissão de energia nesse caso é mais lenta do que a proporcionada pelo metabolismo de carboidratos.
   Muitos corredores conseguem estocar de 2000 a 2200 calorias de glicogênio no fígado e nos músculos, o que é suficiente para fornecer energia para aproximadamente 32 km de corrida em ritmo moderado. Assim, uma vez que o corpo é muito menos eficiente na conversão de gordura em energia, o ritmo da corrida nesse caso diminui, e o corredor sente fadiga. Além disso, os carboidratos são fonte única de combustível para a função cerebral. A fisiologia, não por coincidência, determina a razão pela qual tantos maratonistas atingem o limite em torno da marca dos 32 km.
Fonte: KENNEY, 2013 Fisiologia do Esporte e do exercício





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