terça-feira, 29 de dezembro de 2015

ANATOMIA EMOCIONAL: INFLADOS E ESVAZIADOS


A descrição feita por Staley Keleman faz sobre estresse e expressão emocional diz que sentimentos e emoções diferem. Os sentimentos são estados generalizados e não condicionados, não-programados; enquanto as emoções são programadas, são caminhos próprios que entram em ação. Para que possam ser expressos, os sentimentos criam caminhos. Ninguém precisa ensinar uma pessoa a ser irritada ou triste, mas é preciso ensinar a bondade e a ternura. Assim as emoções são feitas de sentimentos intensos o bastante para se organizarem como padrão comportamental. Um aborrecimento se transforma em irritação, depois em raiva e, finalmente em fúria. A fúria é uma resposta automática que tem, no cérebro inferior, um programa para golpear ou atacar. As emoções são um estado corporal com padrão muscular programado e com um padrão tubário para aceleração ou redução da atividade.
Os sentimentos são um subproduto do metabolismo celular, da pulsação, da peristalse dos tubos. As emoções são respostas comportamentais brutas organizadas. As emoções têm uma direção e intenção, uma lógica própria. São maneiras de o organismo declarar nosso estado e o que fazer em relação a ele. Se estamos tristes, chorar traz alívio e consolo dos outros. A raiva é uma tentativa de se ver livre de algo que irrita e um aviso para que os outros mantenham distância. O medo é uma forma de declarar que há perigo e de buscar ajuda. As emoções, portanto, pretendem alterar situações externas e internas.
As emoções nos movem em direção ao mundo e depois de volta a nós mesmos. Veja abaixo, alguns exemplos da anatomia postural e das emoções:
Sob estresse começamos a nos suspender para longe do abdômen. Inflamos o peito e comprimimos o estomago. Esticamos o pescoço para parecer maiores, mais alertas. Acumulamos potencial cinético, prontos para golpear. A medida que puxamos para dentro a parte superior do corpo, o diafragma, que em situação normal está para baixo e distendido, sobe e estreitasse. Com a escalada do estresse, o diafragma sobe, aumentando a pressão intratorácica, forçando as vísceras abdominais para cima. Ao entrarmos em pânico, nos tornamos espásticos. O diafragma se restringe. Sofremos com falta de oxigênio. Temos sensação de fadiga.



O contrário é percebido nas emoções que nos fazem esvaziar como resposta ao estresse. A depressão ocorre quando fomos derrotados ou quando decidimos nos submeter ou colapsar. Os conteúdos abdominais descem devido a falta de tônus muscular no tronco. O afrouxamento dos intestinos arrasta o diafragma para baixo e os músculos intercostais entram em colapso. Isso está em agudo contraste com a espasticidade do padrão raiva-medo.



Fonte: Anatomia Emocional. Stanley Keleman  p. 105

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

ANATOMIA E TIPO EMOCIONAL


A postura que um sujeito adota tem uma carga de intenções. Leve ou acentuada, as intenções são percebidas não apenas no que verbalizamos. Existe uma linguagem não verbal e silenciosa que faz parte da vida. Basta ver um político discursando, um lutador durante a pesagem antes de uma luta ou um pianista tocando Mozart para perceber que, o que eles fazem repetidamente influenciará de alguma forma as estruturas de seus corpos.
O tipo emocional de cada pessoa pode ser lido nas avaliações posturais, tanto nas avaliações estáticas quanto nas dinâmicas, e é isso que alguns escritores tentam descrever. É o caso das ilustrações bem-humoradas de Pierre Weill, da postura fundamental descrita por Alexander (Técnica de Alexander) ou das classificações anatômicas emocionais de Stanley Keleman.
Sobre as classificações das emoções na anatomia humana, Keleman usa o termo distresse somático e descreve quatro tipos: o rígido, o denso, o inchado e o em colapso. As emoções predominantes, o tipo de personalidade, o ambiente, a carga genética irão determinar tais variações.



Distresse é um termo da psicologia e psiquiatria para o estresse excessivo, quando o estresse é maior que o necessário a ponto de causar sofrimentos. 
A análise postural é um recurso muito usado por fisioterapeutas para detectar as assimetrias. Permite a leitura não apenas dos padrões de tensão muscular, mas também dos desníveis do esqueleto e da acentuação das curvaturas da coluna vertebral dentre outras coisas, como as emoções predominantes do indivíduo. As emoções e os sentimentos estão intimamente ligados a estrutura corporal e parte da personalidade acaba se refletindo na personalidade do indivíduo. 

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

POSTURA E EMOÇÃO

Versão bem-humorada para entender um pouquinho as emoções corporais e expressões posturais das pessoas no cotidiano. A linguagem silenciosa da comunicação não-verbal:






Desinteresse:
Os músculos apresentam uma tensão mínima, não existe a preocupação com a emoção . . .




EXPECTATIVA de confirmação da satisfação esperada:




DESCONFIANÇA: 
REJEIÇÃO DE CONTATO


PROTEÇÃO:




REGRESSÃO:


Fonte:  Weil. P.; Tompakow. R.  O Corpo Fala.  Editora Vozes