A postura que um sujeito adota tem uma carga de intenções. Leve ou acentuada, as intenções são percebidas não apenas no que verbalizamos. Existe uma linguagem não verbal e silenciosa que faz parte da vida. Basta ver um político discursando, um lutador durante a pesagem antes de uma luta ou um pianista tocando Mozart para perceber que, o que eles fazem repetidamente influenciará de alguma forma as estruturas de seus corpos.
O tipo emocional de cada pessoa pode ser lido nas avaliações posturais, tanto nas avaliações estáticas quanto nas dinâmicas, e é isso que alguns escritores tentam descrever. É o caso das ilustrações bem-humoradas de Pierre Weill, da postura fundamental descrita por Alexander (Técnica de Alexander) ou das classificações anatômicas emocionais de Stanley Keleman.
Sobre as classificações das emoções na anatomia humana, Keleman usa o termo distresse somático e descreve quatro tipos: o rígido, o denso, o inchado e o em colapso. As emoções predominantes, o tipo de personalidade, o ambiente, a carga genética irão determinar tais variações.
Distresse é um termo da psicologia e psiquiatria para o estresse excessivo, quando o estresse é maior que o necessário a ponto de causar sofrimentos.
A análise postural é um recurso muito usado por fisioterapeutas para detectar as assimetrias. Permite a leitura não apenas dos padrões de tensão muscular, mas também dos desníveis do esqueleto e da acentuação das curvaturas da coluna vertebral dentre outras coisas, como as emoções predominantes do indivíduo. As emoções e os sentimentos estão intimamente ligados a estrutura corporal e parte da personalidade acaba se refletindo na personalidade do indivíduo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário